Gabrielle Brigagão Souza

Sou mineira e amo um cafezinho (seja de manhã, de tarde, no almoço, no banho kkkk, enfim, café é sempre bem-vindo). Apesar de nascer em Minas, morei até os 16 anos em Brasília com meus pais, e, após isso, voltei para a minha terrinha natal. 

Nesse tempo em Uberaba, vivi com a minha vó e descobri muitas coisas, sendo a Psicologia uma delas.

 

Eu detestava ter que estudar algumas disciplinas, mas acredito que é completamente normal visto a infinitude de conteúdos que temos dentro dessa ciência (e alguns são bem chatos rs). Mas sabe o que é o mais engraçado? Desde o início do curso eu tinha muito medo da disciplina de Psicologia Hospitalar, pois eu não sabia lidar com a adoecimento e a possibilidade da morte. Eu não suportava a ideia de ver alguém doente e não conseguir achar a cura para o que a pessoa tinha.

No último ano da faculdade (antes de cursar a disciplina Hospitalar), descobri que tinha HAI (Hepatite Autoimune) e que essa doença tinha progredido para Cirrose. (A HAI, para quem não sabe, é uma doença autoimune e as causas são desconhecidas, assim como sua cura).

Nesse período surgiram muitos medos. Eu comecei a ler muito sobre a doença (mas foi muuuuuito mesmo) e vi que se o tratamento não desse certo, as consequências poderiam ser bem sérias. Ao mesmo tempo tive que lidar com uma série de transformações como restrição de atividade física, controle da alimentação, mudança corporal (por conta da medicação), etc. Enfim, apesar disso tudo eu queria ser forte e lidar com aquilo tudo sozinha para que minha família não se preocupasse ou entrasse em desespero. Eu nunca havia dito isso para meus familiares, mas a possibilidade da morte me assombrava.

Com o tempo, pude perceber que não precisava lidar com tudo sozinha. Além de uma família incrível que me apoiou bastante, pude contar com a ajuda do meu psicólogo que sempre caminhou comigo nesse processo de redescoberta.

Aquela disciplina que antes me apavorava hoje é meu propósito de vida, pois busco ajudar pessoas que estão passando por situações semelhantes a enxergarem que existe vida após um diagnóstico.

 

 

Temos como intuito auxiliar a desenvolver potencialidades, atravessar processos de adoecimento e ressignificar a vida, com cuidado baseado no vínculo, na confiança, na excelência técnica e na presença.

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